quarta-feira, 3 de junho de 2009

Não é que é verdade mesmo!

Enfim, sinto-me mais seguro, vejo que o renascimento é real, tanto que mal chegou e quer festa. Que ótimo!!!

Peço desculpas pela recepção fria de minha parte e dos demais, mas não se esqueça que temos bons motivos para sentir medo diante de acontecimento tão inusitado.
Eis que um defunto reaparece, nada mais ilógico e hábil a justificar o temor de todos, a incredulidade diante do misterioso/mágico acontecimento.

Minha saudação foi simplesmente musical, dei vida à vitrola e fugi, não sabendo se a sensação em meu íntimo era de terror ou de esperança. Pus o vinil por via das dúvidas...pelo menos, o morto, agora vivo, poderia ter um alento, mas eu, hein!? Comparo-me a uma mistura de Tomé com os amendrontados de Poe...aliás, nos dias de hoje, vai saber o que não pode acontecer, quem sabe não seria algum professor universitário querendo roubar minha carteira ou um apresentador de TV em busca de um furo virtual. Até Cristo tem sido falsificado por aí, vai saber?

Mas deixando o trololó de lado: - Que alegria tê-lo conosco! E tô muito contente com seu tom provocativo! O Miguel diria/dirá que gosta quando o outro tá nesse pique, eu também digo! Não podemos fugir daquilo que mais dá sentido a nossa vida, a beleza mora no fundo da alma de cada um de nós, já dizia uma velha amiga. Sem o belo, sem atender aos chamados de nosso íntimo em prol do belo, vamos acabando conosco e exterminando toda possibilidade da inspiração se manifestar. Não nego que todos estamos em situações de contato pouco intenso com a boa arte, em virtude das circunstâncias peculiares em que nos encontramos, mas não é desculpa para nos acabrunharmos em nosssos cantinhos e só ficarmos pensando em como será bom quando... Quando não existe!!! Só existe o hoje, o agora!!! O ontem já era e, como diria Manuel, "o futuro a Deus pertence, a Deus? Adeus."

2 comentários:

  1. PASSADO, PRESENTE E FUTURO

    Só o passado verdadeiramente nos pertence.
    O presente... O presente não existe:
    Le moment où je parle est déjà loin de moi.
    O futuro diz o povo que a Deus pertence.
    A Deus... Ora, adeus!

    Manuel Bandeira

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  2. Bandeira muito sabiamente diz que só o passado nos pertence, também tenho plena convicção disto, mas que o pretérito já era também não tenho dúvida. Que o presente não nos pertence estou convencido, mas é nele que podemos adquirir tudo que passa a nos pertencer, podendo almejar a possuir o futuro.

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