terça-feira, 29 de março de 2011

Degustação musical


Acho que sempre ouvi música clássica. Desde pequeno, talvez. Na adolescência, com certeza. Dormia com fones de ouvido, ao som de Bach, Mozart, Beethoven, mais até do que rock e seus asseclas.
Mas nunca entendi pacas, esta é a verdade. Sim, as notas me tocavam, mexiam comigo, acendiam uma luz não sei exatamente onde, mas dentro de meu peito, e estranhamente me faziam mais leve, flutuante. Às vezes, uma euforia, até mesmo ansiedade. Sei lá, era assim.
E então ouvi dizer do tal curso de Degustação Musical. Parecia interessante, mas fiquei anos a imaginar como seria, protelando as aulas.
Agora, neste mês de março, resolvi enfrentar a coisa. Quem sabe um habilíssimo professor fizesse entrar neste cipoal confuso da minha cabeça alguma ordem, algum ensinamento.
Quase não fui, mas fui. Estava receoso de penetrar em campo demasiado extravagante, com profissionais da música a sentirem incômodo pela presença nefasta de um nécio como eu, de um ignorante metido a besta que vem aqui fazer perguntas óbvias e atrapalhar a marcha firme e elegante dos senhores das melodias!
Bobagem, nada disso. Na maior parte, os alunos são velhinhos ou, melhor dizendo, velhinhas. Sim, as vovozinhas que têm tempo para ir até a Sala São Paulo assistir a Osesp em suas apresentações.
E eu lá, no meio das senhorazinhas e um ou outro mais jovem (mais velho impossível).
O curso é realmente maravilhoso. O professor, Sérgio Molina, é perfeito para o cargo. As aulas não são exatamente de música, mas sim de como ouvir melhor, como apreciar melhor algo que já admiramos: para onde olhar (ou ouvir), no que prestar atenção, o que procurar etc. Tendo por referência a programação da Osesp, o curso nos prepara para cada uma das apresentações ao vivo, o que torna tudo ainda mais especial.
Nestas duas primeiras aulas que tive, fui apresentado a Ludwig. Meu Deus, que coisa mais linda, que mundo desconhecido, que universo por desbravar. Sinto como se toda uma realidade estivesse se abrindo para mim. Como se estivessem me dando as chaves para entrar no paraíso dos sons. E que belo mundo, meus amigos, que preciosidade, que tesouro a nos esperar.
Estamos estudando o Concerto n◦ 4 para piano em Sol Maior de Beethoven, op. 58. Até para entender este nome foi preciso explicação. O concerto, diferentemente da sinfonia, é feito para que um instrumento seja o protagonista, estando a orquestra como coadjuvante. Assim, o concerto é sempre para algum instrumento musical: concerto para piano, para violino etc. Sol Maior obviamente é o tom da música, que determina a escala musical que, tradicionalmente, seria utilizada ao longo da música (mas Beethoven vai muito além disso, utilizando outras escalas na música). O número da obra é uma referência importante. É que toda obra do artista é catalogada por ele com um número. Assim, temos a primeira obra 1, seguida das demais. Dessa forma, podemos saber exatamente a época, a fase em que foi composta a obra, a partir de sua numeração, o que nos permite igualmente conhecer quais foram produzidas antes ou depois, as mais próximas e mais longínquas.
Descrever o curso aqui, em pormenores, seria não somente enfastioso, mas inútil, pois eu sou incapaz de passar em palavras a experiência tão intensa e cheia de significados e cores e luzes e sons e mais sons que é a degustação musical. Espero poder continuar com o banquete, e saborear muitas e várias obras-primas. Mãos à obra, maestro!

Hereges (Ieda Marcondes)

Publicado originalmente em junho de 1905, “Hereges” é o primeiro trabalho polêmico importante do jornalista e escritor inglês G.K. Chesterton. Pouco antes disso, ele havia se envolvido numa série de controvérsias com o editor do jornal Clarion, Robert Blatchford ‒ quem, curiosamente, abriu espaço em seu jornal para uma série de respostas do próprio Chesterton. Tais respostas e os seus artigos no jornal Daily News são a matéria-prima principal da visão única de vida que ele apresenta em “Hereges”.
Nascido em 1874, quando a religião e a ética vitoriana já estavam enfraquecidas, Chesterton foi criado em ambiente anglicano, mas, de acordo com o próprio autor, com pouco ou nenhum incentivo à crença ou prática religiosa. Em sua autobiografia, ele define o período de 1892 a 1895 como uma época de pessimismo e desespero, de uma obsessão incontrolável por idéias e imagens horríveis que o levavam a mergulhar cada vez mais fundo em um suicídio espiritual. Depois de certo tempo imerso nas “profundezas obscuras do pessimismo contemporâneo”, ele se revolta e cria, então, a teoria rudimentar de que a mera existência, reduzida aos seus limites primários, é extraordinária o suficiente para ser excitante. Conectado aos restos de um pensamento religioso por uma linha fina de gratidão, ele começa a ler os evangelhos; termos e imagens religiosas começam a aparecer cada vez mais em suas anotações.
Em 1896, Chesterton conhece sua futura esposa, Frances Blogg, quem exerce grande influência religiosa por toda a sua vida ‒ junto de outras figuras como o padre anglicano Conrad Noel e do historiador e escritor Hilaire Belloc. Já em 1904, em uma de suas respostas aos ataques de Robert Blatchford ao cristianismo no jornal Clarion, Chesterton diz, “Nós todos somos agnósticos até descobrirmos que o agnosticismo não vai funcionar”. Assim, com “Hereges”, é possível delinear o começo de um caminho que só chegaria ao seu destino em 1922, quando o autor finalmente se converte ao catolicismo.
No Brasil, pela editora Ecclesiae, é a primeira vez que uma edição em língua portuguesa de “Hereges” está sendo publicada. Apesar de chegar em momento não menos importante, o atraso que vinha desde o século passado é praticamente inexplicável. Uma das obras mais importantes de Chesterton, “Ortodoxia”, não poderia existir sem “Hereges”. Pois “Ortodoxia” foi escrita em resposta às críticas de “Hereges”; a primeira foi dedicada ao pai, a segunda foi dedicada à mãe; são, portanto, obras irmãs que se complementam e que conversam constantemente entre si. “Ortodoxia” apenas delimita e organiza de forma autobiográfica as conclusões que ele teve primeiro com “Hereges”. Ao mostrar o que implica em heresia, Chesterton ilustra o que implica em ortodoxia, e vice-e-versa.
“Hereges” apresenta vinte capítulos, cada um destinado a uma figura ou tendência moderna. Assim, o autor discute Rudyard Kipling, Bernard Shaw, H.G. Wells, o Comtismo, o “carpe diem” dos estetas, o Novo Jornalismo, a comunidade científica, entre outros. Para cada caso, ele emprega uma perspectiva teológica, analisando sua heresia e ressaltando a importância da ortodoxia. Dessa forma, Kipling é um herege por ser um cidadão do mundo, por não ter tempo ou paciência de se fixar definitivamente em nenhum lugar, ele representa o cosmopolitismo da sociedade moderna que avança e expande sem saber que a vida acontece quando nos enraizamos, quando nos prendemos em determinada causa ou comunidade; Shaw é um herege por não aceitar os humanos como são, por comparar homens com super-homens, com deuses ou gigantes, quando o segredo do cristianismo, e mesmo do sucesso em vida, está na humildade; Wells é um herege por duvidar do pecado original e da possibilidade da própria filosofia ao dizer que é impossível encontrar idéias seguras e confiáveis, que tudo sempre muda, mas são apenas as aparências que mudam, as idéias permanecem sempre as mesmas.
Ironicamente, a conclusão é a de que a maior heresia não é um conjunto de determinadas afirmações, mas a falta de crença em afirmação alguma. Pois até a blasfêmia depende de um ato de fé. A sociedade moderna, em nome da expansão e do progresso, escolheu não definir nenhum padrão do que é bom, nenhuma direção distinta a seguir, nenhuma convicção específica a adotar, mas progresso só é progresso quando sabemos para onde estamos indo e o que queremos exatamente. Para Chesterton, existe um pensamento que impede o pensamento, e esse é o único a ser combatido. Se pode existir uma evolução mental, ela só pode ter a ver com um aumento de certezas, de mais e mais dogmas, e não mais e mais dúvidas.
No final do livro, fica claro que Chesterton está discutindo o papel da religião em nossas vidas. Mas, em nenhum momento, ele espera provar que suas doutrinas são verdadeiras. Ele sabe que religião é, fundamentalmente, uma questão de fé e não de demonstração; a revelação não pode ser empiricamente comprovada. Apesar de prover algumas explicações sobre a existência humana ao demonstrar casos da experiência em que o materialismo simplesmente não satisfaz, o livro contém os mistérios que vão muito além da capacidade do pensamento humano. Para Chesterton, é a escuridão do mistério cristão que ilumina a todas as coisas. Ele diz que a religião não é uma coisa que pode ser excluída justamente porque ela inclui ao todo. Não é a razão que nos mantém sãos, mas o misticismo. Racionalmente, podemos duvidar de tudo e de todos, podemos acreditar na tese de que estamos todos em um sonho e de que nossa família e nossos amigos nada são além de criações da imaginação. É o misticismo, portanto, que nos permite afirmar a própria existência como um dogma religioso. Para nos tornarmos realmente conscientes e vivos, não podemos nos perder em pessimismo e ceticismo, mas afirmar o papel da religião e do dogma e nossas vidas: “Seremos daqueles que viram e mesmo assim acreditaram.”
As obras de Chesterton impressionam por parecerem atuais, ao ponto de nos esquecermos da época em que foram concebidas. Ele aponta os erros em pensamentos e condutas correntes, como o vegetarianismo e a busca vazia de hábitos saudáveis, ou a descrença na monogamia e na instituição da família. Seus comentários são avançados para os dias de hoje no sentido em que vão contra as novidades e zelam por algo mais antigo e verdadeiro; seu conjunto de convicções é mais coerente e faz mais sentido do que o de algumas pessoas ainda muito bem vivas. Enquanto o pensamento moderno já parece desgastado por sua própria ineficácia em questões práticas, é bem provável que as obras de G.K. Chesterton permaneçam atuais e necessárias por muitos e muitos anos ainda.

FICHA TÉCNICA
Título: Hereges
Autor: G.K. Chesterton
Tradução: Antônio Emílio Angueth de Araújo e Márcia Xavier de Brito
Edição: 1ª
Formato: 16 X 23 cm]
Número de Páginas: 298
Acabamento: Brochura / Luxo
ISBN: 978-85-63160-09-6
Lançamento: 2011

quinta-feira, 24 de março de 2011

Vincent

Tentei de mil formas postar o vídeo no blog, mas não consigo, talvez alguém consiga. De qualquer modo, fica o endereço no youtube, não percam.

Vincent (Starry Starry Night) - Don McLean (legendado):


Tendências da Estação

Não temos mais paciência para esperar o tempo das coisas. Aos poucos vamos nos acostumando aos vínculos passageiros. Enquanto aprendemos algo, sabemos que dentro de alguns meses o conhecimento se tornará obsoleto. O que nos ensinam como verdade no dia de hoje, não terá o mesmo valor no amanhã. Apaixonamo-nos já preparados para a separação. Ficar é mais comum que namorar e dura apenas uma noite, com direito a sexo casual. O divórcio converte-se em uma etapa natural da vida, como se fosse uma dolorosa e inevitável passagem. As amizades duram enquanto duram as conveniências. Não temos tempo para cultivar amigos, a menos que eles estejam muito perto de nós. É mais comum convivermos apenas com colegas de trabalho. Vamos pouco a pouco aprendendo que as coisas e as pessoas são descartáveis. Duram enquanto interessam. Os objetos da casa mudam todos os anos, os carros precisam se atualizar, os livros da estante acompanham os lançamentos. Tudo está mais acessível, mais barato, mas menos durável.

Não sabemos mais o que é uma vizinhança, não conhecemos nossos vizinhos de parede, não fazemos mais visitas por visitar. Não temos histórias no bairro em que vivemos, não vamos mais a pracinha da esquina. Praças tornaram-se lugares perigosos. Preferimos o isolamento e o conforto dos muros de um condomínio fechado. Temos medo, muito medo. Não apenas dos bandidos e dos ladrões, mas também de médicos, advogados, professores, padres, garis. Sabemos que a esperteza e a malícia foram eleitas em primeiro lugar e que estão todos a procura de uma vantagem pessoal, custe o que custar. Por princípio, não se pode confiar. Sabemos, antes mesmo de sair de casa, que muito provavelmente não seremos tratados como gente. Temos medo, muito medo dos outros. Perdemos a confiança nas pessoas e nas instituições.

Não levamos mais a sério o governo, as escolas, os hospitais. Eles estão entregues aos corruptos, aos gananciosos, aos imbecis, sem que nos abalemos com isso. As notícias não nos impactam mais. Vamos nos acostumando às tragédias. As imagens dos jornais são exatas e precisas, mas nos endurecem e vulgarizam os fatos. Estamos sufocados pelos fatos e pelas notícias. Diariamente milhares de dados estranhos invadem nossas casas e nossas vidas. Choramos pelas vítimas distantes de um furacão, mas passamos indiferentes pela doença que acomete algum vizinho. Desejamos salvar os esfomeados da África, mas não nos importamos com a vida pessoal dos empregados que trabalham para nós. Queremos ser profissionais, estritamente profissionais. A eficiência e a produtividade são a alma de uma empresa.

Nossos sonhos transformam-se, aos poucos, em sonhos de viagens, carros, carreira, riqueza. Um mundo melhor ficou nas histórias da carochinha, não há ideal que valha a pena. Não queremos mais uma família que nos aborreça e nos obrigue. Rejeitamos os filhos-problema, pois os queremos líderes, belos e talentosos. Assim como a nós mesmos, sempre belos e vitoriosos, bem sucedidos e felizes. Magros, vestidos em roupa fina, com corpos torneados e ricos, muito ricos. De felicidade estonteante, transbordante. É preciso rir, rir muito, rir alto. Não se pode fazer a vida tão a sério. A vida não serve para ser levada a sério. Para isso, a cerveja é um componente essencial. É costume estarmos bêbados em todas as ocasiões e, pelo menos, aos fins de semana. Fazemos campanhas pela liberação da maconha e não nos importamos com os jovens frustrados e deprimentes que diariamente se perdem no craque. Porque nossa maior preocupação é gozar a vida e a existência. Não há sentido nenhum na vida além deste. Porque a vida passa, dura pouco, muito pouco. As coisas e as pessoas passam, não duram, são descartáveis. Esta é a nossa moda. E é preciso, primordialmente, estar na moda. E a moda, todos sabemos, não dura mais que uma estação.

segunda-feira, 14 de março de 2011

Feliz Simplicidade

São coisas muito simples que precisam ser ditas. Quase óbvias. A sofisticação serve mais à vaidade que à verdade. As velhas lições de sempre são as que realmente funcionam. Pequenos ajustes, alguns detalhes, nada de tão completamente novo ou inusitado, apenas para acompanhar os tempos. Em primeiro, é inevitável reconhecer a importância de cada decisão responsável, porque é a consciência do homem o agir da sabedoria. Nenhuma organização, estado ou estrutura prescinde de um agir humano. Por isso, a solução vem da ética e não da técnica. Mas não existe verdadeira ética ou saudável consciência sem a transcendência. O homem não se basta no próprio homem. De resto, pequenos cuidados, distrações e um enorme espaço, livre e vigoroso, onde construímos nossas biografias individuais. O palco em que travamos nossas lutas, onde padecemos tristezas e alegrias, no exercício diário do que chamamos “viver”. E se tudo isto estiver inspirado de amor ao próximo e à Deus, então teremos a felicidade. A felicidade que mora na simplicidade. Longe das complexas teorias, das soluções mágicas das ideologias, das técnicas que se auto-justificam. É preciso voltar às coisas simples. Às velhas coisas claras e simples. Talvez ali, numa singela morada, entre irmãos, sem grandes sonhos, sem altas demagogias e ambições, seremos o que somos, nem mais, nem menos do que somos. Então, descobriremos que sempre fomos felizes.   

sábado, 12 de março de 2011

Breve parágrafo sobre a vida intelectual

Quando passamos a ter interesse pela vida intelectual, pretendemos, acima de tudo, ler mais e mais. Creio que é o caminho mais natural, embora eu não descarte nada. No entanto, há todo o mundo a ser desvendado pelos olhos curiosos daquele que ama o saber, há dezenas e dezenas de pessoas a serem conhecidas, há um Deus a ser desvendado. Com o tempo, o interesse se volta para tudo isso, não há como, as realidades se comunicam, há um intercâmbio inevitável. Ler uma magnífica biografia é extraordinário, mas não se compara a conviver com uma grande alma, uma pessoa real. Uma poesia pode ser um contato inexplicável com o sublime, mas por que não tornar minha vida sublime, essa já inexplicável sucessão de fatos? Engraçado como nunca paramos e observamos o absurdo de nossa existência... Vivemos... E tudo se apresenta como tão normal, quando, na verdade, milagres nos cercam diariamente. O que entendemos do que está a nossa volta? E, mesmo assim, continuamos como se tudo fosse tão natural, tão óbvio, quase entediante... Acostumamos a viver, e não percebemos mais como é bom viver, como cada momento é indispensável, um redescobrir, uma insana loucura que tentamos irremediavelmente racionalizar. Contudo, ler continua sendo necessário. Ler e, mais adiante, como que por imposição dos livros já lidos e das realidades armazenadas, escrever muito, com muito amor, colocando o coração na ponta da pena. E assim vamos vivendo. De Deus ao mundo, do mundo às pessoas, das pessoas aos livros, dos livros à escrita...e a roda é interminável... Viver por viver, viver para que tudo se explique, vida lida e relida. Além de entendida, vivida.

quinta-feira, 10 de março de 2011

“Crises na Fé” - Padre Paulo Ricardo

Não é possível ser missionário sem ser antes discípulo e não é possível ser verdadeiro discípulo sem ser missionário.

16 Parresía: “Crises na Fé” « Christo Nihil Praeponere

quarta-feira, 9 de março de 2011

Trabalho e recompensa

Cansaço.
Estilhaço.
Inspiração distante, inaudita.
Ausência é oportunidade
Momento para arrumar a casa
Ela se foi, pode demorar, pode ter muito a resolver, mas sempre volta
Volta mudada, surpreendente
Por que não a surpreender?
Os inesperados se encontrarão
E a arte terá espaço para adentrar no tempo
Vigor.
Recomposição.

O Senhor dos Anéis


Inicei ontem pela noite, envolto nos lençóis de minha cama, a longa e misteriosa caminhada junto aos Hobbits e outras criaturas de O Senhor dos Anéis.
Trata-se de uma edição comemorativa da Martins Fontes, bonita, grossa, com ilustrações e letras miúdas em mil e duzentas páginas.
Acredito que mais de dois meses serão necessários para chegar ao fim da jornada e, portanto, ficarei bastante amigo de Tolkien, que me parece um ótimo companheiro e insuperável contador de histórias.
De tempo em tempo vou relatando aqui minha viagem, minhas aventuras ao reviver o conto de Bilbo Bolseiro, ao viajar para aquela terra distante e já tão próxima.
Das poucas folhas em que penetrei noite passada, surgiu uma dúvida, pois não sei realmente se o autor era um grande escritor ou um forasteiro de outro mundo, que veio para estas bandas sabe-se lá por que razão.
É melhor ficar atento, pois outros podem ter a mesma idéia e decidirem nos visitar. E para falar a verdade, acho que outro dia flagrei um orc, mas não tenho certeza...

quarta-feira, 2 de março de 2011


            Telúrico
                                          
         Somos como a uva
         O lar é nosso terroir
         O amor, sol e chuva.