quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Cântico negro

"Vem por aqui" — dizem-me alguns com os olhos doces

Estendendo-me os braços, e seguros
de que seria bom que eu os ouvisse
quando me dizem: "vem por aqui!"
Eu olho-os com olhos lassos,
(Há, nos olhos meus, ironias e cansaços)
E cruzo os braços,
E nunca vou por ali...
A minha glória é esta:
Criar desumanidades!
Não acompanhar ninguém.
— Que eu vivo com o mesmo sem-vontade
Com que rasguei o ventre à minha mãe
Não, não vou por aí! Só vou por onde
Me levam meus próprios passos...
Se ao que busco saber nenhum de vós responde
Por que me repetis: "vem por aqui!"?
Prefiro escorregar nos becos lamacentos,
Redemoinhar aos ventos,
Como farrapos, arrastar os pés sangrentos,
A ir por aí...
Se vim ao mundo, foi
Só para desflorar florestas virgens,
E desenhar meus próprios pés na areia inexplorada!
O mais que faço não vale nada.
Como, pois, sereis vós
Que me dareis impulsos, ferramentas e coragem
Para eu derrubar os meus obstáculos?...
Corre, nas vossas veias, sangue velho dos avós,
E vós amais o que é fácil!
Eu amo o Longe e a Miragem,
Amo os abismos, as torrentes, os desertos...
Ide! Tendes estradas,
Tendes jardins, tendes canteiros,
Tendes pátria, tendes tetos,
E tendes regras, e tratados, e filósofos, e sábios...
Eu tenho a minha Loucura !
Levanto-a, como um facho, a arder na noite escura,
E sinto espuma, e sangue, e cânticos nos lábios...
Deus e o Diabo é que guiam, mais ninguém!
Todos tiveram pai, todos tiveram mãe;
Mas eu, que nunca principio nem acabo,
Nasci do amor que há entre Deus e o Diabo.
Ah, que ninguém me dê piedosas intenções,
Ninguém me peça definições!
Ninguém me diga: "vem por aqui"!
A minha vida é um vendaval que se soltou,
É uma onda que se alevantou,
É um átomo a mais que se animou...
Não sei por onde vou,
Não sei para onde vou
Sei que não vou por aí!
José Régio
(Pseudônimo de José Maria dos Reis Pereira)

A caminhança e o livre-arbítrio: proposta para uma reflexão


Os céus e a terra tomo hoje por testemunhas contra vós, de que te tenho proposto a vida e a morte, a bênção e a maldição. Escolhe, pois, a vida, para que vivas tu e a tua descendência, Amando ao Senhor teu Deus, dando ouvidos à sua voz, e achegando-te a ele; pois ele é a tua vida, e o prolongamento dos teus dias; para que fiques na terra que o Senhor jurou a teus pais, a Abraão, a Isaque, e a Jacó, que lhes havia de dar.(Deuteronômio, 30: 20,21)


O findar de um ciclo e o advento de um novo período sempre nos convida à reflexão. Muitas vezes somos tentados a fazer um balanço do que se passou e projetamos em nossas mentes aquilo que gostaríamos que acontecesse em um futuro próximo, fato que nos enche de esperança e alimenta, ao mesmo tempo, nossas angústias.

Sinceramente, confesso que estou tentado a duvidar do tão propalado “livre arbítrio”. Ao analisar nossa breve caminhança, tenho a impressão de que nosso campo de decisão é tão amplo quanto ao de um trem que necessariamente caminha sobre seu próprio trilho, ou das águas de um rio que necessariamente correm sobre seu leito.

Quantas vezes, ao analisarmos como as coisas se passaram em nossas breves vidas, não temos a nítida impressão de que fomos conduzidos ao invés de “decidirmos” o rumo a ser seguido? Quantas vezes um turbilhão de inúmeras coincidências não conspiraram para que as coisas, por menores que fossem, ocorressem da forma como ocorreram?

Claro que qualquer pessoa poderia objetar: “Mas de fato, você tem livre arbítrio. Você poderia, por exemplo, matar o seu irmão”. Mas será que esta é, realmente, uma opção? Posso escolher entre comer arroz com feijão ou pizza no dia de hoje, mas não é dessas decisões menores a que me refiro. Refiro-me àquelas que de fato poderiam ter sido tomadas, e que de forma efetiva possuíram a aptidão para alterar o curso de nossas vidas, contribuindo para que nos tornássemos aquilo que somos no dia de hoje.

Tenho certeza de que não nos unimos por acaso. Não nos tornamos amigos por acaso. E nada em nossas vidas aconteceu que não fosse por vontade de nosso Pai, criador do céu e da terra. Tal como a passagem citada acima, a única decisão que podemos de fato tomar é abraçar a fé. O caminho, creio eu, já está há muito traçado, e tenho grande certeza de que nem um fio de cabelo de nossas cabeças cairá, que não seja por vontade Dele.

O caminho que Ele escolheu para nós, obviamente, eu não sei. No dia de hoje, vivendo o momento presente, apenas agradeço a Ele todos os dias por ter irmãos como vocês, caminhantes.

Sigamos em frente pelo caminho que acreditamos ter escolhido, mas que desconfiamos ter sido traçado por alguém maior que nos rege e nos orienta, não importa o tamanho das dificuldades.

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Mensagem de Natal - 2010

Todo cristão digno do nome sabe que o cristianismo não é uma doutrina e nem mesmo tem origem em doutrina alguma. Nosso Senhor deixou isso bem claro quando Lhe perguntaram quem era: “Contem o que ouviram e viram: os cegos enxergam e os paralíticos andam, os leprosos ficam limpos, os surdos ouvem e os mortos se levantam” (Mt. 11:1-6).
O cristianismo é a confiança em uma pessoa, não uma doutrina (que vem sendo formulada há séculos, com maior ou menor sucesso), e tem origem na narrativa de fatos miraculosos, a começar pelo nascimento de Jesus.
O natal, portanto, é tempo para recordarmos o início desta boa notícia, o começo de uma série de milagres que não cessaram quando da paixão, morte e ressurreição do homem-Deus. E recordar é uma palavra muito bonita. Vem de corde, do latim, que significa coração. Recordar é colocar algo novamente no coração.
Coloquemos novamente em nosso coração a lembrança dessa história que vem sendo transmitida há mais de dois mil anos. Uma história que contou com inúmeros fatos miraculosos, testemunhados por milhões de pessoas ao longo dos anos, fatos que quiçá alcançaram nossos avós, nossos pais, e talvez até nós mesmos.
Os milagres realizados por Jesus Cristo, por todo este tempo até os dias de hoje, nos aproximam d’Ele, fazem com que possamos confiar n’Ele com todo nosso coração, com toda nossa alma.
Mas nossa fé é inconstante, abalada pelas nossas falhas, pelas tragédias que nos acometem, pela nossa vulgaridade ao ver a vida voltados para as coisas inferiores. Somos, enfim, pecadores, ainda não alcançamos a graça plena. E é por isso que o natal é tão importante. Porque a celebração do nascimento miraculoso de Nosso Senhor reforça a fé, faz com que fiquemos mais confiantes em Jesus Cristo, em Deus.
E é por isso que desejo a todos vocês, mais do que um feliz, um santo natal!

domingo, 19 de dezembro de 2010

Presença

O homem se fecha na casa, mas não consegue ficar só.
O homem fecha as janelas da casa, mas não consegue ficar só.
O homem fecha as cortinas, passa cadeados e apaga a luz, mas não consegue ficar só.
Na casa ou em qualquer outro lugar, o homem não consegue ficar só.
Deita no chão, arranca as roupas, fica nu, apertando os joelhos ao peito, mas não consegue ficar só.
Aperta bem os olhos, congela a língüa, cerra os dedos e os braços, mas não consegue ficar só.
Afasta os pensamentos, ignora os sentimentos, repudia toda memória e não permite qualquer ação, mas não consegue ficar só.
Ele tenta e se esmera, faz de tudo e se esforça, sem cessar, por dias, por noites, por semanas e meses a fio, mas não consegue ficar só.
E, então, fugindo à toda companhia, recusando qualquer alheio, ele vive a solidão, o isolamento completo, mas jamais foi capaz, nem hoje, nem amanhã, nem em qualquer data pensável, de ficar, um instante sequer, só... não consegue ficar só.

Haicai - Experimento primeiro

No grito da noite
Ouço o silêncio cruel
Do abismo sem céu.

sábado, 18 de dezembro de 2010

Da Bolsa ao bolso

O Bolsa Família já virou categoria intocável no imaginário político brasileiro. Ninguém pode fazer menção a criticá-lo que já aparecem inúmeros argumentos em prol do fim da miséria no país. Seja lá o que isso quer dizer: “são mais de 20 milhões fora da miséria!”. Falo isso dos ambientes de intelectuais atentos ao destino da nação, e preocupados com a igualdade social no Brasil. Intelectuais que nunca saíram dos corredores da universidade pública, acostumados a sua bolsa escola, bolsa de iniciação científica, bolsa de monitoria, bolsa do centro acadêmico, bolsa de pós, bolsa de pós-pós, enfim, todo tipo de vantagem com muito dinheiro público sem que se saiba ao certo quem é o seu dono... Se formos a um meio mais rotineiro, de pessoas que suaram desde cedo para conquistar a vida trabalhando, certamente não encontrarão uma pessoa sequer que defenda “o maior Programa de transferência de renda do mundo”, exatamente como está no site da Dilma, inclusive com o “P” maiúsculo, em clara alusão à divindade mítica assumida pelo conceito. Até a “oposição” o defende ardorosamente, propondo a criação de seu 13º, defendendo a paternidade dos primórdios do Programa, etc.

Ninguém nem mais percebe, todos já raciocinam diretamente com os bolsistas universitários, defensores de “algo muito maior”, seu próprio bolso. Isso, bolso com minúscula e no masculino, afinal, não se trata de uma entidade coletiva, mas de algo bem mais íntimo e pessoal, quase um órgão vital. É muito mais fácil comprar votos com essa Bolsa, para proteger meu bolso, do que mudar alguma coisa de verdade e, assim, ganhar o sufrágio popular. Arrisco: “o programa mais mesquinho de transferência de renda do mundo”.

Qual o futuro (e presente) está garantido a esses pobres coitados, bolsistas-família? Boa coisa não é, mas os outros bolsistas também não terão futuro brilhante. Mentira e ganância só barateiam a pessoa, levando a uma fossa de miséria muito mais suja e desesperadora.

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Uma opinião sobre a verdade

O professor de processo civil se mete a falar em Verdade (assim mesmo, com letra maiúscula). Gaba-se de ter sido monitor de física no colégio, acreditem, um advogado bem sucedido, para contrariar a máxima de que advogado não entende nada de cálculos. Um racionalista nato, amante da lógica. Eu penso: Ora, professor, não se arrisque em perigo tão grande, guarde o entusiasmo para a hora certa, não se empolgue, por favor. Está certo que o senhor faz um espetáculo com seus raciocínios aplicados a técnica e deixa os confrades das humanas no chinelo. Mas estará pronto para um salto tão grande? O mestre insiste, quer dar o seu parecer. Com as mãos sobre a pilha de livros editados no último ano, oferece aos alunos a sua opinião autorizada. A verdade não existe. Sim, de fato é difícil reproduzir os fatos no processo, então buscar... Não! Você não me entendeu. A verdade não existe. Sim, entendi. Em nome da verdade muitos homens já padeceram tormentos para confessar o inconfessável, então... Não! O que digo é que a verdade não existe. É, acho que não entendi. Explique-se. Uma vez deparei-me com a epígrafe de um livro, um livro que não li de João Ubaldo Ribeiro, foi um êxtase para mim. Êxtase? É esta a palavra? Sim, dizia: “o segredo da verdade consiste em saber que não existem fatos, só existem histórias”. Que beleza! A frase é bonita, tem efeito. Mas você disse que não leu o livro? João Ubaldo... “Povo Brasileiro”... Não sei que pito toca, também nunca li. Mas... E se for uma ironia? Não é, claro que não é, evidente que não é. Tudo são histórias, sabemos lá o que aconteceu? Nada mais existe, além de histórias, versões, relatos parciais de gente humana, com a criatividade e a indecência de cada um. Verdadeira é a história que convence, no processo ou na vida, a peso de pau, de argumento ou de autoridade constituída. E o convencimento, ora, ora, o convencimento é um ato de fé: ou se acredita ou não, simples assim. Já diriam os Titãs, “não há amor, só há provas de amor”. Não há amor? Que maluquice é essa? Tudo são histórias? Tudo, tudo, tudo! Só histórias?! Inclusive eu e você, a cadeira em que você se senta, o nascer do sol desta manhã, a minha dor de dente, tudo, tudo mesmo? Tudo. Só histórias. Síntese perfeita. Veja bem. Se de fato o convencimento é um ato de fé, como de fato é, então, simples concluir que a verdade, igualmente, é um ato de fé: ou se acredita, ou não. E fé, todo mundo sabe, é a crença que cada um carrega no coração. Não há discussão, além do dever de respeitar e conviver. Minha nossa, você vai longe, difícil acompanhar. Eu avisei, ninguém me ouviu. A tudo quer dar um tratamento processual, mete-se a falar de coisas além, muito além da disciplina estudada. Por quê? É a pergunta que me faço, inconsolado. Olho ao redor, alguém o escuta, prestaram atenção? Terei eu mesmo que responder, que continuar a refutação? Por onde? Chateação, deve ser a ordem do mundo colocando minha fidelidade à prova, ou o meu orgulho querendo aparecer e dar sinal de pedante sabedoria. Por onde? Ele é o professor, eu o aluno. É com ele a opinião cientificamente autorizada, comigo só os ouvidos, a caneta e o papel: anote! E continua... Sim, respeitar e conviver. Veja bem. O sujeito escolhe a fé que quer ter: espiritismo, umbanda, candomblé, católico ou judeu. Cada um na sua. Sendo possível, inclusive, misturar, por que não? O sujeito que sabe de si. Pois há no Brasil, pense na Bahia, muitos católico-espíritas freqüentando o candomblé... Ora, ora. O sujeito vai, o sujeito gosta, o sujeito segue. Quem vai dizer que não? Igualzinho a verdade. Eu, por exemplo, acho uma beleza tudo isso, muito bonitas as manifestações artístico-religiosas. Justamente eu, que não acredito em nada. Isto é o respeito. Em nada? O senhor se esqueceu de citar a tolerância... É verdade! Acho que agora você me entendeu... Verdade? Não fale em verdade, professor, vai causar confusão. Concorde ou não. Mas em nada, nada mesmo? Nada, nada, nada! Só histórias. Pois eu acredito que o senhor acredita em algo sim: o senhor acredita no senhor mesmo, e isto é um fato. É verdade... Quer dizer, pode ser... Acredita, também, que tudo não passa de opinião, sendo que umas opiniões valem mais do que as outras, digo, convencem mais do que outras? Convencimento... É isto, isto mesmo, você, finalmente, me entendeu. Entendi? Bem, então, seguindo o raciocínio, a opinião de um professor é mais verdadeira que a de um aluno? Não, eu não disse isto. Que arrogância é esta? Mais autorizada, então? Não, eu falei em respeito, principalmente, em respeito e tolerância. Jamais afirmaria que a minha opinião vale mais ou é mais autorizada que a de um aluno. Isto afronta, claramente, a isonomia. Não ousaria, não ousaria... Isonomia? Ah, então está certo, professor! Agora acho que entendi, compreendi tudo perfeitamente... Tudo está claro como os fatos! Quer dizer... Ah! Deixa pra lá...

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Entre uns e outros

É estranho viver por entre as gentes. Talvez fosse mais fácil viver entre os animais. Eu gosto dos animais. Os animais são bons. Não bons como a bondade dos homens. Não, a bondade dos animais é diferente. Sim, os animais caçam, andam furtivamente, se arrastam na savana, espreitam, quem sabe cogitem os planos de ataque, e vão sem titubeio ao pescoço da vítima. Mordem, dão patadas, furam, matam, destroçam e comem. Ninguém diria que um ser humano que fizesse isso é uma boa pessoa. Mas os animais não podem ser boa pessoa, são apenas animais. E eles são bons, são bons animais. E digo isso para além de suas habilidades, para além de suas características tão gostosas de se ver e de se analisar. Realmente, é bom ver um leão deitado na selva, sem preocupações, apenas exercendo o ofício de estar ali, de ser leão: o rei de todos. É interessante ver como o elefante serpenteia sua tromba, como é imensa e ao mesmo tempo tão garboso, de uma elegância lenta, suave. A girafa é igualmente magnífica, desenhando uma corrida teatral, contorcendo os músculos devagar, devagar... que até pensamos estar vendo a Discovery Channel em slow motion. Os rinocerontes e seus chifres perigosos, sua carapaça dura e excessiva, descendo pelas beiradas; os medrosos filhotes dos babuínos, presos às barrigas das mães, de ponta cabeça; o enigma nos movimentos da black mamba, cobra de tamanho risco que nos deixa apreensivos mesmo longe, tudo isso é bom, é prazeroso de ver. Os animais são bons, mas não por isso. Sei lá, talvez eu esteja falando bobagens, pois não tenho exata consciência do por que os animais são bons. Que lhe parece? Os animais são bons? Fico matutando sobre esta impressão, este sentimento de que os seres da natureza são bons, que é agradável sua vida, que é certo que venham ao mundo, que façam o que fazem, enfim. Pode ser que uma reflexão assim seja fruto de um cansaço, de um descontentamento para com a vivência humana. Há momentos em que perdemos a paciência, em que ficamos com o saco cheio dos outros. Nessa horas tenho vontade de sair, de pegar uma trouxinha, juntar o essencial e debandar para o meio do mato. Ficar lá com os animais, tentar esquecer as ansiedades, as angústias, os problemas dos homens, e simplesmente permanecer ali, vivendo o dia-a-dia do acordar, comer, descansar, brincar e dormir. Mas tenho dúvida. Outro dia contaram-me que os animais têm lá seus entreveros. E não estavam falando das caçadas, mas de problemas de relacionamento mesmo. Imagine só! A girafa de pescoço pro lado, o elefante de bico, o rinoceronte grosseirão, o babuíno sacaneando os demais, o leão de cara feia... Que diabos! Não tem saída, não tem jeito, é ficar no mundo cão da humanidade ou na selvageria dos animais. E pensar que passei horas investindo nesse pensamento, para no fim dar zebra! Talvez fosse preciso procurar outro habitat, outras espécies, como os insetos ou os peixes. Os peixes, sim, talvez entre os peixes se tenha alguma paz ou então entre os crustáceos, os moluscos – aaaah, sei lá! Depois de refletir tanto não acho uma solução. Que maçada! Se ao menos eu fumasse, acenderia um cigarro. Mas não, dei para não gostar dessa porcaria e tentar me manter saudável. Vício miserável essa tal saúde! Melhor seria comer uma cenoura ou um pepino. Pepino é refrescante e este calor me dá nos nervos. Bom, mas comi pepino mais cedo. Estou enjoado desses malditos legumes. Ih, lembrei-me, já vem chegando o Natal e talvez minha esposa tenha comprado um panetone. Vamos à cozinha...
Graças ao bom Deus, uma coca-cola e um panetone. De que falava eu mesmo?

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Defesa da Legalização das Drogas

Blog Reinaldo Azevedo: "Sérgio Cabral, a defesa da legalização das drogas e o pacto com o capeta". Vídeo imperdível: alto nível intelectual, ético e moral no grande escalão brasileiro. Clique aqui