sábado, 19 de fevereiro de 2011

Crise profissional

Um conjunto de sensações. Devo largar a luta para chegar à magistratura? E se partisse para a área da educação – dar aulas, construir uma escola ou algo mais audacioso? E se entrasse na vida literária? Ou, então, por que não virar um empresário-burguês e pronto: dono de escritório de advocacia, por exemplo?
Aí estão as possibilidades que vejo no momento. Tudo isso junto acho difícil de alcançar. A vida não é tão longa assim, e também é importante ter uma família, educar os filhos e dar conta de tantos outros afazeres.
Mais uma vez me pergunto, que caminho tomar?
A magistratura é um sonho antigo, uma posição importante na sociedade, certamente uma honra para qualquer pessoa, poder servir a tantos com juízos justos, muitas vezes duros, mas necessários. Decidir sobre a vida das pessoas, um grande peso, grandes responsabilidades. Um caminho árduo até e após a aprovação, mas necessário, é preciso estar à altura para exercer de forma consciente a judicatura.
A educação, um caminho que todos precisam conhecer – precisamos educar os filhos, não só os da carne, mas todos os que, de certa forma, vão se tornando nossos filhos ao longo da vida. Tarefa já tão abandonada, tão esquecida, tão dilacerada. As revoluções, os meios de comunicação, a política.
Tornar-se um burguês pode parecer o mais mesquinho dos objetivos, mas não é esse aspecto que enfatizo. É evidente que pode parecer um ideal egoísta, mas todos as outras alternativas podem ser excessivamente individualistas se buscadas simplesmente para o comodismo pessoal. Um bom empreendedor pode fazer um bem enorme, chegando a ser um verdadeiro educador, por que não?
Até agora, só indagações, mas já com certas luzes embutidas, toda pergunta já é um início, um primeiro passo rumo à resposta... Alguém pode me ajudar?

Um comentário:

  1. Engraçado como estes momentos de "crise", supostamente os piores, sempre trazem consigo uma rufada de ar novo. Sinto certa alegria quando encontro um desabafo destes por aqui... Gosto mais dos amigos (e também de mim mesmo...) neste estado, quando estamos mais suscetíveis e humanos, do que quando estamos cheios de certezas e de preocupações corriqueiras e imediatas...

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