sexta-feira, 29 de junho de 2012

Os crucifixos nos Tribunais de Justiça



Não existe atitude religiosa neutra. No ateísmo existe sim atitude religiosa, que não é a atitude religiosa do povo brasileiro. A retirada de símbolos religiosos criaria uma religião oficial no país: a irreligiosidade atéia. Se existe uma elite intelectual atéia no Brasil, ela deveria considerar que o povo brasileiro do qual vem o poder que os constitui como autoridade não é ateu e deve ser respeitado.

O Estado não tem religião, mas tem um povo a que deve servir. Foi o patrimônio moral do povo brasileiro, um patrimônio cristão e, mais especificamente, católico que gerou os textos legislativos que são interpretados e aplicados pelos tribunais de justiça. Não é possível dizermos que os textos legislativos do nosso país são totalmente isentos de valores morais. Os valores morais que estão lá e que são a chave interpretativa destes textos são valores cristãos.

Um crucifixo na parede de um tribunal é muito mais do que um símbolo religioso, é um símbolo civilizacional. É uma realidade que deve ser reconhecida, independentemente da religião daquele que julga. O magistrado, embora tenha todo o direito de professar qualquer outra religião, não tem o direito de interpretar as leis do país fora do aspecto cultural e da moralidade nas quais eles foram exarados. Senão de nada adiantará defender princípios constitucionais, porque toda lei se tornará um “nariz de cera” que pode ser movido pelo magistrado para onde ele quiser.

O judiciário brasileiro, com o seu ativismo, está caminhando para um abismo que nos levará para a ditadura. Quando juízes acham que podem interpretar as leis conforme a sua imaginação e não conforme o espírito em que estas leis foram escritas, nós estamos diante de déspotas, malfeitores e não servidores da lei. Porque um magistrado sem princípios éticos e morais, somente com militância e fidelidade a ideologias é um malfeitor, um instrumento de injustiça e não um servidor da justiça.

Bem-aventurada Maria Restituta Kafka, rogai por nós!

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