sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Inicia-se um tempo de depuração - palavra bonita que encontrei numa definição de poesia de um famoso poeta brasileiro. Paraty soa em tudo quanto vejo, penso, falo. Surge repentinamente entre DVD´s, livros novos e restos de areia presos à sola do sapato. É cedo para conclusões, efeito que, talvez, durará por anos. Palpita nos lábios e nas pontas dos dedos algo que quer transformar-se em palavra, porém indizível. O que faço é silêncio. E agradeço aos céus, tão próximo que me sinto de um Deus que veio me visitar, especialmente, nestes dias. Como se houvesse uma guerra não anunciada, descubro minha pátria e me junto a seu exército para defendê-la. Ao redor percebo a movimentação dos corpos, a confluência das cores e formas, a unção de um sentido. É a luz que me assalta neste instante, vinda de um farol que permanece intacto no alto de uma torre. Através da neblina, que lentamente se dissipa, vejo a cruz e uma horda de homens prostrados sob a mesma luz. Para lá caminho abandonado, meu lugar, minha casa, minha Igreja.

Um comentário:

  1. Realmente, muitas luzes para iluminarem nossas almas e, posteriormente, a todos que nos rodeiam. Que o Espírito Santo nos ilumine sempre!

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