quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Princípios Inegociáveis

"[...] No que se refere à Igreja Católica, o interesse principal  das suas intervenções no campo público é a tutela e a promoção da dignidade da pessoa e, por conseguinte, ela chama conscientemente a uma particular atenção aos princípios que não são negociáveis. Entre eles, hoje emergem os seguintes:  

1) tutela da vida em todas as suas fases, desde o primeiro momento da concepção até à morte natural;

2) reconhecimento e promoção da estrutura natural  da família, como união entre um homem e uma mulher baseada no matrimônio, e a sua defesa das tentativas de a tornar juridicamente equivalente a formas de uniões que, na realidade, a danificam e contribuem para a sua desestabilização, obscurecendo o seu carácter particular e o seu papel  social  insubstituível ; 

3) tutela do direito dos pais de educar os próprios filhos.

Estes princípios não são verdades de fé mesmo se recebem ulterior luz e confirmação da fé.   Eles estão inscritos na natureza humana e, portanto, são comuns a toda a humanidade. A ação da Igreja de os promover não assume, por conseguinte, um carácter confessional , mas dirige-se a todas as pessoas, prescindindo da sua filiação religiosa. Ao contrário, esta ação é tanto mais necessária quanto mais estes princípios forem negados ou mal compreendidos porque isto constitui uma ofensa contra a verdade da pessoa humana, uma grave ferida infligida à própria justiça [...]".

(Papa Bento XVI, Trecho do Discurso aos participantes no congresso promovido pelo Partido Popular Europeu em 30 de março de 2006)

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