quinta-feira, 28 de maio de 2009

Curupira

Ps.: no caminho, buraco negro. Quem despenca, vai tão rápido que não atenta. Vai caindo, caindo, sem nem mesmo perceber que ao correr da escuridão, está andando pra trás. Neste matagal de espinhos, cercado de folhas caídas, somente uma saída: seguir o som do samba ou os passos do curupira.

Que abraço dou nos amigos, que felicidade sentir em mim, o pulsar de nossa união.

As forças do mundo sorrateiras, fazem-nos pensar tantas besteiras. Achei que ficara seguro estando ali quieto, mas levei uma baita rasteira, tombei do abstrato ao concreto. Tudo muito bem feito, mais que discreto, indolor e até reconfortante. A máquina come, mastiga, devora e o prato achando importante - uma verdadeira tarefa - não atrapalhar seu algoz.

Escuto o lamento amigo, nem mais me lembrava disto. Acostumei-me a ficar inerte, parado, caladinho. Quem sabe assim camuflado, me deixassem sossegado, procurei o imaculado na tranquilidade do meu cantinho.

O céu lá fora escondido do mundo, esgueirando-se entre uma nuvem e outra, deixando o povo com frio, e sem vontade. Mas no meio do nevoeiro, uma voz imperceptível, que se faz ouvir pelo que estava surdo, sussura alto no íntimo, na parte que ainda resiste escondida, porém viva.

Eis que o defunto ressuscita, os olhos vão se abrindo e a alma se agita.

Companheiros de prosa, poesia e coração,

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