segunda-feira, 11 de outubro de 2010

The Big Pussy

É o fim da picada! (Desconfio que esteja sob o efeito da leitura do “Imbecil Coletivo”: tolerância zero). Ah, tenha dó! O cara me expõe uma “big pussy” na Bienal e tem a coragem de chamar essa merda de arte. Não tem paciência que dê conta de interpretar a tal da instalação! O pior é que tem gente que tem coragem de levar os filhos para apreciar: que beleza! A família inteira, juntinha, penetrando o vaginão! Depois o professor de constitucional, pós-moderníssimo, vem contar que na Holanda foi fundada a Igreja do Culto ao Cigarro e aos deuses da fumaça (alguma coisa assim), para fugir da lei anti-fumo, afinal de contas está garantida a liberdade de culto e religião. Pode acreditar? Acho ótimo, inteligentíssimo por parte dos holandeses... Afinal, o que fizeram foi bastante lógico, segundo a lógica ilógica do oba-oba relativista. Ora, se toda opinião, qualquer que seja, tem o mesmo valor, porque não? Aliás, de fato não existe diferença nenhuma entre a Unip e a Universidade de Oxford, entre o Pão de Açucar e o mercadinho aqui perto de casa, entre o papel do homem e da mulher... É tudo a mesma coisa... E ai de quem disser que não! E tem mais... Hoje em dia tornou-se preciso fazer uma advertência aos pais. Srs. Pais: comunicamos que nem todos os filhos nasceram para serem líderes. Não se desesperem se o seu filho for imperfeito: isso é normal! Eu fico aqui quieto, pensando que se todo mundo for líder, não vai mais haver líder nenhum. Sim, porque hoje em dia está todo mundo querendo ser líder e sonhando com a gerência. Além de ser rico, bonito, bem sucedido e absolutamente feliz. Estamos fabricando uma horda de frustrados... Converse com um jovem. A chance dele reclamar da própria vida é de 9 em 10. Por quê? Simplesmente porque o mundo em que ele vive é como político populista: promessas irreais e, obviamente, não cumpridas, com uma boa dose de subterfúgios carismáticos e esmolinhas ao gosto popular. O sujeito abraça a causa, sem nem desconfiar que é justamente daí que brotam todos os seus males: luta, luta, sonha, perde a vida a procura de algo que simplesmente não existe! Sobra a desilusão... e o ressentimento invejoso (porque, querendo ou não, existem sim pessoas muito bonitas, existem líderes verdadeiros e também os que conseguiram enriquecer... e daí?). É vergonhoso, irritante, triste pra valer. E tem paciência que dê conta? Não tem. Já tentou conversar com louco de hospício? No fim da conversa ele continua louquinho como sempre, nem se abala, e você sai se perguntando se o louco não é você... E se não tomar cuidado acaba se convencendo que “aquele” mundo existe de verdade. Então meus caros, na base do diálogo não funciona, não. Com louco só tem um jeito de lidar. Você pode até respeitá-lo, com uma boa dose de piedade, inclusive. Mas deve deixá-lo quietinho no canto dele, falando sozinho (ele não vai nem perceber), enquanto você cuida de tocar a vida para frente. Sim, minha gente, tocar a vida pra frente! E com os pesinhos no chão! Está na hora de acertar o prumo, de pôr o navio na direção correta! Sim, existe sim uma direção correta e outra incorreta, como existem o bem e o mal e a gente pode sim errar... E errar feio... E se dar muito mal por isso! Santa paciência! Santa paciência!

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