terça-feira, 4 de maio de 2010

Resposta a Henley e a Antonio Carlos

Quisera ter tão brava pena ou penetrante e viva tinta, para dizer de meus amores, meus mistérios, meus temores e minha sina, que brotam n'alma minha e num átimo irrompem, deixando-me atônito e sem respostas, sem saber por quê, nem onde.
Conceda Deus, meu amado pai, que meus amigos me compreendam, sem palavra ou verso belo, estes rabiscos, estes remendos. Pois se a voz falta ao coração, que se supere a audição, e assim o dom que a um carece, noutros deixe mais que impressão, surgindo do símbolo a oração.
O milagre é completado, com a concórdia do que não foi falado, pois o amigo escuta mais (sabendo com altaneira compaixão); alcança seu companheiro, seu irmão, com um abraço apertado e fraterno, compondo o fim da aflição. E como é belo, e como é bom!

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