quarta-feira, 21 de maio de 2014




“Uma das qualidades singulares e intransferíveis da religião cristã é poder conduzir e consolar quem quer que, em qualquer circunstância, sob qualquer pretexto, a ela recorra. Se há remédio para o passado, ela o prescreve e aplica, vivifica e ilumina, para colocá-lo em prática, custe o que custar; se não há, ela acha um jeito de tornar real e efetivo o que o provérbio diz, e ‘da necessidade faz virtude’. Ensina a continuar com sabedoria o que começou com leviandade; incita a abraçar livremente o que foi obra da tirania; e tolda uma escolha temerária, porém irrevogável, de toda a santidade, de toda a sensatez, e, digamo-lo francamente, de todas as alegrias da vocação. É um caminho tal que, se o homem passar por ele, e nele andar alguns passos, vindo de quaisquer labirintos, de precipícios quaisquer, pode caminhar com segurança e boa vontade doravante, e chegar ledo a um ledo fim.” (“Os noivos”, Alessandro Manzoni)



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