quarta-feira, 30 de junho de 2010
A utopia de um sonâmbulo
Eu tenho um plano. Vou vender tudo que tenho e comprarei um sítio em Minas Gerais. Lá criarei gado, porco, frango, coelhos e cabras. Plantarei uma boa horta e um pomar caprichado. Haverá um bosque e um lago. Ajudarei a construir a escola, o hospital e a igreja. Na vizinhança estarão todos os meus amigos e as pessoas de mau comportamento serão penalizadas até aprenderem. A palavra dada será o maior valor e tudo se resolverá amigavelmente. Haverá um belo teatro e uma biblioteca. No centro do povoado, de tempos em tempos, os mais velhos e os mais espertos se reunirão para decidir o que será necessário mudar. Todos receberão um pagamento conforme seu merecimento, em troca de fazerem o que entendam mais importante ao povoado, dentro de sua capacidade. Não haverá bancos, nem impostos, talvez algumas taxas. O delegado, o padre, o médico e os professores visitarão habitualmente todas as casas..., ora, porque serão amigos das famílias. Todos deverão reservar uma parte de seus ganhos para dar aos pobres e ajudar os amigos em necessidade, quem sabe um dia eu também não precise...Deus queira que não! Todos poderão sonhar em paz e não existirão títulos ou honrarias. A imprensa será livre, em cada mês o mimeógrafo de uma das casas produzirá o jornal, também quero ter o meu! Não haverá exuberantes sonhos de consumo, nem uma insaciável sede de transformar o mundo. As crianças serão alegres e poderão brincar sossegadas. Aqueles que trabalharem na escola, no hospital e na igreja deverão se preocupar realmente com o aprendizado, a saúde e a alma das pessoas. Esse é um sonho que tive, acho que estaria muito mais contente se já vivesse nesse sítio, se alguém souber onde se encontra me diga, pois já comecei a poupar minhas economias.
quinta-feira, 10 de junho de 2010
Madre Tereza de Calcutá
Madre Tereza
de Calcutá,
sem tristeza
aos pobres
se dá.
Vejo essa mulher
pra lá e pra cá,
algo prevejo,
devo mudar?
Fala-me,
Madre Tereza
de Calcutá!
Gosto de seu jeito
sem ordem,
sem grande meta...
E em meu peito,
ainda jovem,
uma seta:
Ensina-me
a amar,
Madre Pureza!
Santa guerreira
de Calcutá!
de Calcutá,
sem tristeza
aos pobres
se dá.
Vejo essa mulher
pra lá e pra cá,
algo prevejo,
devo mudar?
Fala-me,
Madre Tereza
de Calcutá!
Gosto de seu jeito
sem ordem,
sem grande meta...
E em meu peito,
ainda jovem,
uma seta:
Ensina-me
a amar,
Madre Pureza!
Santa guerreira
de Calcutá!
terça-feira, 1 de junho de 2010
Adélia, para o Bruno, sem saber
TOADA
Cantiga triste, pode com ela
é quem não perdeu a alegria.

(Adélia Prado, "Bagagem")
(Henri Matisse, "A dança")
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