Um corvo preto no céu branco. Uma nuvem sem fim faz do céu branco. E um corvo preto voando...
Corvo preto não é coisa boa. Dizem que os corvos estão ligados à morte. Quando um corvo chora, alguém morre. CORVO, palavra estranha, lembra cova e lembra corpo. CORVO, palavra muito estranha.
O grunhido que o corvo faz nada tem de canto. Parece um engasgo, uma afronta, uma expressão de desprezo. O pio do corvo é muito estranho.
As asas do corvo são pretas, todas as suas penas são pretas. São pretas as suas pernas e também as suas patas. Os olhos do corvo são inteiramente pretos e seu bico, mais preto ainda. O corvo é inteiro preto. CORVO: palavra estranha, muito estranha.
Tem dias que faz um frio triste e que o céu é todo branco. Parece que uma nuvem dominou o mundo, roubou o Sol e se espalhou por toda parte, uma nuvem branca, mas sem luz, um branco sem felicidade. É mais gelado quando o dia é assim, de céu branco, de nuvem branca pairando sobre todas as cabeças. Tudo fica sem cor, tudo fica igual.
Corvo preto não é coisa boa. Dizem que os corvos estão ligados à morte. Quando um corvo chora, alguém morre. CORVO, palavra estranha, lembra cova e lembra corpo. CORVO, palavra muito estranha.
O grunhido que o corvo faz nada tem de canto. Parece um engasgo, uma afronta, uma expressão de desprezo. O pio do corvo é muito estranho.
As asas do corvo são pretas, todas as suas penas são pretas. São pretas as suas pernas e também as suas patas. Os olhos do corvo são inteiramente pretos e seu bico, mais preto ainda. O corvo é inteiro preto. CORVO: palavra estranha, muito estranha.
Tem dias que faz um frio triste e que o céu é todo branco. Parece que uma nuvem dominou o mundo, roubou o Sol e se espalhou por toda parte, uma nuvem branca, mas sem luz, um branco sem felicidade. É mais gelado quando o dia é assim, de céu branco, de nuvem branca pairando sobre todas as cabeças. Tudo fica sem cor, tudo fica igual.
Coisa estranha, coisa mais estranha o que me aconteceu. Estava sem vida , perambulando no dia frio, quando ele surgiu tão belo! Lembrei da poesia, da música e do amor, daquele contraste gostoso, que transforma nosso sorriso, nosso sabor. Nada extravagante, nem foi preciso cor. Um corvo preto no céu branco.
Gostei da homenagem ao corvo. Bem diferente do famoso poema do Poe. Assim como nas putas do Vinícius, ou nos tomates da Adélia, a poesia repousa mesmo no mais inusitado: mesmo no feio e preto corvo!
ResponderExcluir